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sexta-feira, 22 de março de 2013

E quando tudo parece estar difícil...


O simples ato de viver é algo intenso, não inexplicável, mas que exige muita coragem e bravura. Essas duas palavras carregam um significado tão grande que às vezes passam despercebidos pelos nossos olhos. Talvez eu definisse a vida como um enorme campo de batalha, onde todos os dias nós precisamos criar estratégias e planos para sobreviver e tentar vencer para que no final a sensação de vitória te preencha e que seus olhos se fechem o mais rápido possível em uma cama, sem se preocupar com o vasto mundo que não para. Mas para isso não é aceitável confundir viver com sobreviver, pelo simples fato que viver requer muito mais determinação.
Conseguir perceber estas constatações talvez lhe faça viver com mais vontade, mesmo sabendo que tudo que é feito há consequências. Como minha avó diz: “nada vem do nada”, só agora percebi que ela está totalmente correta. Se no seu dia não houver uma batalha, mesmo que seja bem pequena, ou uma nano batalha, há algo de errado. Às vezes, essas batalhas geram resultados maravilhosos, mas também concebem decepções, e talvez depois dessa semana, entendi todo o significado disso.  
Viver? Não é só ter vida, ou simplesmente existir. É muito mais complexo. E se isso não for bem administrado, a essência da vida acaba. Respirar? Fica difícil, lento e pesado, nada acontece como planejado, o desespero corre entre as veias e a mente se ocupa com só uma coisa: o problema.
Acho que nessa semana eu quase passei para o estágio de sobreviver. Sou do tipo de pessoa que aguenta pressão, mas até certo ponto. Percebo quando não consigo mais fazer nada, pois nem o que estou fazendo consigo processar com seriedade. Foram cinco dias tão exaustivos e pesados que já estou contando os dias para isso tudo acabar. Cinco dias que me fizeram chegar em casa e correr para o calendário e riscar com força dos dias 18 à 22 e desejar refazer tudo de novo, aí sim, talvez daria tudo certo.
Mas tudo o que eu precisava estava aqui, na minha frente, desde o dia que eu nasci e nessa semana compreendi após uma pequena e produtiva conversa com minha avó. Minha família – ou grande parte dela - não é de apoiar ninguém. As coisas aqui acontecem tão rápido que fica difícil você analisar: “será que alguém aqui se importa?”, mas minha avó não. Após o despertador tocar duas vezes e eu não ouvir, ela me acordou e fui fazer minha rotina da manhã pré-escola, falando poucas palavras, ela entendeu a minha preocupação que me rondava pela semana toda, e foi quando antes de sair de casa que ela me disse: “Está tudo escrito nas estrelas, e se nesse dia que tudo dará certo eu não estiver aqui, eu vou fazer o impossível para assistir, boa aula.” E foi isso que me fez analisar toda a minha vida e a semana em uma quinta feira ensolarada.
Talvez finalmente agora tudo está claro para mim, a vida se faz de duas coisas importantíssimas que já citei no começo do post, e que eu próprio, deixei-as passar em branco: Coragem (do latim coraticum) que é a habilidade de confrontar o temivel som de discordia, a dificil vida, o amor, a certeza ou a intimidação e Bravura: o ato da valentia, da intrepidez: dar prova de si, que são peças chaves para qualquer momento, desde os mais felizes até os mais tristes onde para que nada tem salvação, porque a vida é instável e árdua.

"you were given this life because you are strong enough to live it"

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